• Corvos em Neve

    Gostam de se divertir nas camadas finas de neve. Na cidade já chegou a fazer -12°.

  • A Cidade: Colina dos Corvos, vista pela parte Sul.

    Os moradores da pequena cidade, adoram a primavera. Estão sempre organizando festivais e Bailhinhos para as crianças.

  • A Floresta a cima da Colina

    Contam historias assustadoras sobre o lugar. Dizem que crianças desapareciam hora e outra pela floresta nublada no fim da primavera. Algo talvez somente para asssustar as crianças, para que não fossem longe.

  • As Historias sobre a cidade.

    Pequena e aconchegante, porém cheia de contos e lendas assustadoras, uma rapida conversa com alguns moradores, irão deixar você de cabelos em pé...


  • Terceiro Capitulo
    Acompanhe a trama da Cidade dos Corvos, e decida como ela deve continuar!



  • Sr.Destino

    Será que o seu destino é estar vivo? Veremos.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Sr.Destino - Parte 8

Posted by Ismael Fabrício on 11:43




Parte 8

                   Ele já estava de frente para o endereço que acabará de olhar no papel. A mão vai até a cabeça passando pelos fios finos dos cabelos. Era um prédio de seis andares, com escada de incêndio na lateral direita e um pequeno estacionamento pelo lado esquerdo que mal cabiam 10 carros. O homem vestido com um longo sobretudo se senta observando atentamente o local. Deveria ter certeza de que não seria alguma armadilha da policia. Uma rápida sugada no canudo fez com que o Milk shake subisse e logo descesse garganta abaixo. Levantou-se arremessando com maestria o copo de plástico dentro da lixeira próxima a calçada, agora seguindo em direção ao prédio a sua frente.

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                  -Vamos rapazes, temos que ir logo! –Diz o detetive Muroy para os policias que se apressam em deixar as baias onde estavam trabalhando da delegacia para ocupar os seus lugares nas viaturas.
                -O que foi Muroy, por que toda essa pressa homem? –Pergunta o delegado abrindo a porta do escritório com apenas o tronco e a cabeça para o lado de fora.
                -Conseguimos Senhor Smith, vamos pegar o filho da mãe. Nos ligaram denunciando um estranho morador na parte sul, mora em um apartamento a quase 7 meses, não têm registro de trabalho, paga sempre em dinheiro e em notas grandes e novas, quase não sai, e o carro dele é alugado, a placa bate com o carro que foi visto saindo da casa da segunda vitima mês passado. Ele é nosso senhor, pegamos o Senhor Destino! –Afirmava Muroy com um largo sorriso na face.

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                Passando pela recepção, Destino adentra o saguão impressionado com a beleza da decoração, visando os anos 70 com praticamente tudo nas varias tonalidades de marrom, desde as cortinas, até as antigas poltronas centralizadas no meio, ao redor de uma pequena fonte de mármore representando um grande escorpião.
                -Vejamos apartamento 18, deve ser no primeiro andar...terei que ficar próximo a janela.  Será a minha única saída de fuga se algo acontecer. Direta escada de emergência. Esquerda estacionamento. –Caminha Destino em direção as escadas analisando uma possível fuga de quem fosse que pudesse lhe fazer mal.
                Chegando no andar de cima, observou a placa azul, indicando o andar e os apartamentos de numeração impar e par. Impares para o lado esquerdo e pares do lado direito.
                -Estou com sorte. Escada de incêndio! –Sussurra ele aliviado indo para a direita, checando a numeração nas portas, até finalmente encontrar o 18 feito em metal presa a penúltima porta.
                 Destino arrumou o sobretudo e a gravata azul escuro antes de bater na porta duas vezes, antes da mesma abrir o revelando um homem franzino, aparentando seus 30 anos, cabelos ralos, vestido com um fino terno cinza.
                -Entre senhor, todos já chegaram, só falta você! –Diz ele estendendo o braço para cumprimentar o convidado.
                -Destino aperta a mão do homem logo adentrando no apartamento luxuoso vendo a sua frente 7 pessoas entre homens e mulheres, bem trajadas sentadas no confortável sofá tipo C.
                -Bem vindo Sr.Destino, é assim que o chamam correto? –Pergunta outro homem de traços finos e delicado, levando à taça de bebida a boca.

Continua...

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Sr.Destino - Parte 7

Posted by Ismael Fabrício on 05:51




Parte 7

                   A agulha penetrava delicadamente a pele branca, a costurando de forma firme e precisa. Dessa vez a TV não esta ligada como de costume. O gato passava por baixo das pernas e deitava-se entre elas no momento em que Destino cortava a linha com uma pequena tesoura, descendo a camisa regata azul marinho cobrindo o ferimento.
                  -Precisarei cobrir o ferimento Aron, ou poderei pegar uma infecção. Vou à farmácia do próximo quarteirão, logo estarei de volta. E passarei na loja de animais pra comprar a sua ração que já esta no fim. –Diz ele passando a mão nas costas do felino que mau se enxergava de tão negro que era seu pelo.

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                  -Precisamos fazer alguma coisa detetive, quanto mais tempo perdemos, mais pessoas morrem pelas mãos desse lunático! –Diz um homem gordo de terno e gravata, segurando em uma das mãos um copo de café.
                  -Desculpa senhor mais estou fazendo o que posso, além do mais não estou tendo a cooperação dos policias que disse que eu teria em meu auxilio.
                  -Bem, isso já foi resolvido. Terá ao seu comando quinze dos meus melhores homens, sabem tudo sobre as ruas da cidade e seus meios mais obscuros, sete deles estão no seu último ano no distrito, pois passarão pra narcóticos nos próximos meses.
                 -Certo, dessa forma terei mais chance de encontrar alguma pista nesse palheiro. –Diz o detetive enquanto saia da desconfortável sala de interrogatório do 25° Distrito de policia.
                 -Resolva logo isso senhor Muroy ou passarei o caso para os federais. –Afirma o homem o olhando fixo nos olhos, enquanto o detetive segue em direção a porta saindo e logo a fechando em suas costas.

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                 Ele caminhava tranquilamente pela calçada, sempre olhando mais para o chão do que para frente, se desviava das latas de lixo e das caixas de correio praticamente em cima da hora, não fazendo questão alguma de desviar das poucas pessoas que passavam ao seu lado.
                 -Ei senhor, deixou cair isso. –Grita um garoto. Ele olha para ver o que havia caído e percebe entre os dedos do garoto coberto por luva um papel amassado.
                -Quando deixei cair isso garoto? –Pergunta ele pegando o papel.
                -Quando olhei estava caindo de seu bolso. Quando pôs a mão caiu, eu vi senhor eu vi.               –Repetia o garoto de aproximadamente oito anos todo agasalhado pelo frio.
                -Ryan? Vamos meu filho ou vai se atrasar! –Gritou uma mulher loira de cabelos cacheados adentrando no carro azul do outro lado da rua.
                Destino desdobrou o papel vendo o garoto entrar no carro e bater a porta.
                 Uma olhada no que estava escrito o deixou surpreso, perplexo deixou o papel cair de sua mão e logo tratou de seguir rapidamente ao seu objetivo. Voltaria para casa no mesmo instante, mas já estava perto, e Aron ficaria faminto por todo o dia.
                O vento sopra forte algumas folhas de uma arvore no quintal vizinho levando junto o papel os fazendo rodopiar no ar por duas vezes antes de se chocarem na parede, revelando para quem quisesse ler a frase escrita bem grande em cor preta: “Você não está sozinho amigo, lembra das 12 vitimas no Canadá? Encontre-me nesse endereço à Av.tr3wp2 rUv: 4oi aPx: i8 exatamente às 2o:o0.”

Continua...

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