terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Sr.Destino - Parte 7

Posted by Ismael Fabrício on 05:51




Parte 7

                   A agulha penetrava delicadamente a pele branca, a costurando de forma firme e precisa. Dessa vez a TV não esta ligada como de costume. O gato passava por baixo das pernas e deitava-se entre elas no momento em que Destino cortava a linha com uma pequena tesoura, descendo a camisa regata azul marinho cobrindo o ferimento.
                  -Precisarei cobrir o ferimento Aron, ou poderei pegar uma infecção. Vou à farmácia do próximo quarteirão, logo estarei de volta. E passarei na loja de animais pra comprar a sua ração que já esta no fim. –Diz ele passando a mão nas costas do felino que mau se enxergava de tão negro que era seu pelo.

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                  -Precisamos fazer alguma coisa detetive, quanto mais tempo perdemos, mais pessoas morrem pelas mãos desse lunático! –Diz um homem gordo de terno e gravata, segurando em uma das mãos um copo de café.
                  -Desculpa senhor mais estou fazendo o que posso, além do mais não estou tendo a cooperação dos policias que disse que eu teria em meu auxilio.
                  -Bem, isso já foi resolvido. Terá ao seu comando quinze dos meus melhores homens, sabem tudo sobre as ruas da cidade e seus meios mais obscuros, sete deles estão no seu último ano no distrito, pois passarão pra narcóticos nos próximos meses.
                 -Certo, dessa forma terei mais chance de encontrar alguma pista nesse palheiro. –Diz o detetive enquanto saia da desconfortável sala de interrogatório do 25° Distrito de policia.
                 -Resolva logo isso senhor Muroy ou passarei o caso para os federais. –Afirma o homem o olhando fixo nos olhos, enquanto o detetive segue em direção a porta saindo e logo a fechando em suas costas.

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                 Ele caminhava tranquilamente pela calçada, sempre olhando mais para o chão do que para frente, se desviava das latas de lixo e das caixas de correio praticamente em cima da hora, não fazendo questão alguma de desviar das poucas pessoas que passavam ao seu lado.
                 -Ei senhor, deixou cair isso. –Grita um garoto. Ele olha para ver o que havia caído e percebe entre os dedos do garoto coberto por luva um papel amassado.
                -Quando deixei cair isso garoto? –Pergunta ele pegando o papel.
                -Quando olhei estava caindo de seu bolso. Quando pôs a mão caiu, eu vi senhor eu vi.               –Repetia o garoto de aproximadamente oito anos todo agasalhado pelo frio.
                -Ryan? Vamos meu filho ou vai se atrasar! –Gritou uma mulher loira de cabelos cacheados adentrando no carro azul do outro lado da rua.
                Destino desdobrou o papel vendo o garoto entrar no carro e bater a porta.
                 Uma olhada no que estava escrito o deixou surpreso, perplexo deixou o papel cair de sua mão e logo tratou de seguir rapidamente ao seu objetivo. Voltaria para casa no mesmo instante, mas já estava perto, e Aron ficaria faminto por todo o dia.
                O vento sopra forte algumas folhas de uma arvore no quintal vizinho levando junto o papel os fazendo rodopiar no ar por duas vezes antes de se chocarem na parede, revelando para quem quisesse ler a frase escrita bem grande em cor preta: “Você não está sozinho amigo, lembra das 12 vitimas no Canadá? Encontre-me nesse endereço à Av.tr3wp2 rUv: 4oi aPx: i8 exatamente às 2o:o0.”

Continua...

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