Parte
6
O homem apelidado pela policia local de Sr.Destino seguia agora para a
casa ao lado, onde sua segunda vitima residia, mas agora com um pouco mais de
cautela, pois o disparo na casa de onde estava, havia sido alto o suficiente
para colocar um antigo combatente em prontidão naquele momento. Quem morasse
naquela casa, para onde estava indo, provavelmente já estaria no mínimo
procurando a arma debaixo do travesseiro.
Então Sr.Destino não arriscou entrar pela frente, agora entraria por
alguma janela como de costume, sabia que aquele bairro era muito tranquilo por
ser um bairro militar, onde somente os aposentados do exercito residiam e que
eles não faziam muita questão de trancar suas portas e janelas, por acharem que
estavam seguros.
Uma rápida volta pela casa o revelou uma janela próxima a uma árvore,
que crescerá bem próximo a parede. Forçou a mesma de pesados vidros para cima,
fazendo o vitral deslizar e travar a alguns centímetros da base superior. Como
uma serpente, ele desliza para dentro sem fazer nenhum ruído se quer.
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Albert despertou assustado colocando as mãos no rosto, havia escutado
algo como um disparo, mais não sabia ao certo. Levou as mãos a escrivaninha do
lado da cama buscando o velho óculos de armação fina cor de bronze.
-Mais o que diabos esta acontecendo? –Pergunta ele irritado por o terem
acordado. –Será que é outro maldito treinamento? Hoje é sábado. Não deveria ter
nada hoje. –Diz ele se levantando e seguindo em direção ao banheiro. -Vou
urinar antes de sair pra ver o que houve, malditos exercícios. Isso me cansa às
vezes. –Fala abrindo a porta e abaixando as calças para lançar o liquido na
latrina.
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Sr.Destino
avançava calmamente pelo corredor por onde havia entrado, e já escutava as
lamentações do velho ficando cada vez mais alto a cada passo que avançava. E
não demorou muito até encontrá-lo de costas, fazendo xixi com uma das mãos se
apoiando na parede. Pela porta um pouco distante, levantou a pistola em direção
a nuca do alvo e começou a apertar o gatilho lentamente.
-Não faça isso meu jovem! –Diz o velho em voz alta, no exato momento em
que Destino ergueu os braços se posicionando para o disparo.
-Como soube que eu estava aqui? –Pergunta ele apontando a pistola para
seu refém, não muito surpreso por ter sido percebido.
-Achou mesmo que eu não iria perceber que um estranho adentrou em minha
casa rapaz? –Diz Albert de costas para destino agora terminando de urinar.
-Pra falar a verdade não.
-Então como acha que vai sair dessa? –Diz o velho virando-se rapidamente
com um revolver na mão onde deveria estar segurando seu membro, logo em seguida
disparando contra Destino que se joga para o lado esquerdo caindo de ombros no
chão próximo a uma estante.
-Merda! –Destino reclama para si levando a mão à cintura sentindo seu
sangue escorrer lentamente.
-Gostou disso seu ladrão de merda? –Albert diz soltando uma gargalhada.
Destino checa o ferimento e percebe que não
foi nada serio, o projétil havia passado apenas de raspão, e resolveu tirar
proveito disso.
Albert sai do banheiro apontando a velha Magnum
para o invasor, o vendo deitado de lado, aparentemente respirando com
dificuldade.
-Irei chamar uma ambulância, não quero que morra sem antes conhecer a
prisão pra onde vai, os guardas desse setor já devem estar por perto, esse meu
brinquedo até que faz um barulhinho. –Diz ele balançando a arma e sorrindo em
ver que havia acertado o invasor devido ao sangue no tapete da sala.
-Não
precisa! –Afirma Destino esticando o braço por baixo do corpo e pressionando o
gatilho repetidas vezes acertando 5 pontos do corpo do velho que vai ao chão
logo depois de dar alguns passos para trás.
O
celular estava no bolso da calça, Destino se levanta e o retira com cuidado,
parecia estar quebrado devido à queda, mas havia apenas soltado a capa do fundo
desencaixando a bateria.
-Senhor
Albert abra a porta! O senhor esta bem? –Pergunta um dos guardas do bairro
forçando a maçaneta para adentrar já com sua arma em mãos. No exato momento em
que Destino deslizava novamente para fora da casa pela mesma janela que entrou,
correndo em direção a seu carro no final do quarteirão. A porta é arrombada e o
guarda encontra Albert, o
mais antigo morador do condomínio gravemente ferido e aparentemente sem vida.
-Chamem
uma ambulância, rápido! –Grita ele para os outros guardas que acabaram de
adentrar na casa.
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O
carro já estava em movimento, o sangue escorria lentamente pela cintura até dar
de encontro ao lado do banco, o celular estava no banco do carona com uma
mensagem na tela que dizia: “Mensagem Enviada”.
Continua...