Parte 3
Pela janela do carro, ele
observava atentamente a mulher loira se despir. E acredite, sua finalidade
naquele momento não era aquela e sim de como passaria pela porta do prédio.
Desceu do carro o trancando com um click no botão da chave. Apressou-se em
chegar logo na portaria principal do modesto bloco de três andares do prédio
que já observava a cerca de dez minutos.
-Falta pouco tempo! -Diz ele
dando uma rápida corrida subindo os degraus da portaria, logo dando de
encontro a recepção praticamente toda
envolta de vidro, onde estava sentado um senhor de barba grisalha que fazia
crusadas virado para a televisão posicionada presa acima próximo ao teto.
-Posso ajudar meu rapaz?
-Pergunta o senhor um pouco assustado tentando se recompor.
-Claro! -Afirma o homem apressado
retirando a pistola da cintura e rapidamente colocando o cano da arma pelo
buraco do vidro entre o balcão que serve para entregar as chaves ou cartas dos
moradores diariamente. O disparo faz com que o homem por de trás do balcão ande
para trás com as mãos na barriga ensanguentada, tropeçando na cadeira e indo ao
chão.
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Já completamente nua, a mulher
segue em direção a banheira e se deita cautelosamente por entre a espuma,
deixando para fora apenas parte dos seios e a cabeça com os cabelos preso em
coque. Com a mão esquerda pega a esponja e começa a passar pelos braços. O celular toca em cima do balcão do
banheiro.
-Que droga, justo agora? Quem será
dessa vez, espero que não tenha esquecido nada na casa da minha mãe.
Ela se levanta e segue nua e
molhada tomando cuidado por causa do piso agora escorregadio em direção ao
celular que toca e vibra já quase caindo do balcão. Ela atende e diz "alô"
no exato momento em que um click soa vindo da porta, que chamaria atenção de
qualquer um, mas não com o som irritante que o celular fazia naquele exato
momento.
-Alô, quem é? -Pergunta ela
novamente franzindo a testa.
-Olá Clairy. -Diz o homem vestido de
negro já por de trás da mulher, que se vira assustada. -Não grite...-Diz ele
apontando a pistola para a cabeça da moça, mas o medo não possibilitou tal ação
e ela grita.
-Por que? Eu disse pra não gritar.
-E o gatilho é pressionado, fazendo o projétil atingir em cheio a testa da bela loira,
lançando sangue para a parede de trás e sujando boa parte da cortina. O corpo
cai na banheira lançando água para fora, molhando praticamente todo o chão.
O homem retira o silenciador do
cano da arma e novamente o guarda atrás da cintura, dá alguns passos livrando
os sapatos da água que escorre e se vira deixando o banheiro com o corpo da
loira submerso na água apenas com as pernas para fora. Retira o celular do
bolso e digita a mensagem "Feito" enviando novamente para ANJO.
-Foi bom te ver Clairy! -Diz ele antes de sair
do apartamento.
Continua...
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