quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Sr.Destino - Parte 6

Posted by Ismael Fabrício on 05:30





Parte 6

                 O homem apelidado pela policia local de Sr.Destino seguia agora para a casa ao lado, onde sua segunda vitima residia, mas agora com um pouco mais de cautela, pois o disparo na casa de onde estava, havia sido alto o suficiente para colocar um antigo combatente em prontidão naquele momento. Quem morasse naquela casa, para onde estava indo, provavelmente já estaria no mínimo procurando a arma debaixo do travesseiro.
                 Então Sr.Destino não arriscou entrar pela frente, agora entraria por alguma janela como de costume, sabia que aquele bairro era muito tranquilo por ser um bairro militar, onde somente os aposentados do exercito residiam e que eles não faziam muita questão de trancar suas portas e janelas, por acharem que estavam seguros.
                Uma rápida volta pela casa o revelou uma janela próxima a uma árvore, que crescerá bem próximo a parede. Forçou a mesma de pesados vidros para cima, fazendo o vitral deslizar e travar a alguns centímetros da base superior. Como uma serpente, ele desliza para dentro sem fazer nenhum ruído se quer.

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                Albert despertou assustado colocando as mãos no rosto, havia escutado algo como um disparo, mais não sabia ao certo. Levou as mãos a escrivaninha do lado da cama buscando o velho óculos de armação fina cor de bronze.
               -Mais o que diabos esta acontecendo? –Pergunta ele irritado por o terem acordado. –Será que é outro maldito treinamento? Hoje é sábado. Não deveria ter nada hoje. –Diz ele se levantando e seguindo em direção ao banheiro. -Vou urinar antes de sair pra ver o que houve, malditos exercícios. Isso me cansa às vezes. –Fala abrindo a porta e abaixando as calças para lançar o liquido na latrina.

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              Sr.Destino avançava calmamente pelo corredor por onde havia entrado, e já escutava as lamentações do velho ficando cada vez mais alto a cada passo que avançava. E não demorou muito até encontrá-lo de costas, fazendo xixi com uma das mãos se apoiando na parede. Pela porta um pouco distante, levantou a pistola em direção a nuca do alvo e começou a apertar o gatilho lentamente.
                -Não faça isso meu jovem! –Diz o velho em voz alta, no exato momento em que Destino ergueu os braços se posicionando para o disparo.
                -Como soube que eu estava aqui? –Pergunta ele apontando a pistola para seu refém, não muito surpreso por ter sido percebido.
                -Achou mesmo que eu não iria perceber que um estranho adentrou em minha casa rapaz? –Diz Albert de costas para destino agora terminando de urinar.
               -Pra falar a verdade não.
               -Então como acha que vai sair dessa? –Diz o velho virando-se rapidamente com um revolver na mão onde deveria estar segurando seu membro, logo em seguida disparando contra Destino que se joga para o lado esquerdo caindo de ombros no chão próximo a uma estante.
               -Merda! –Destino reclama para si levando a mão à cintura sentindo seu sangue escorrer lentamente.
               -Gostou disso seu ladrão de merda? –Albert diz soltando uma gargalhada.
               Destino checa o ferimento e percebe que não foi nada serio, o projétil havia passado apenas de raspão, e resolveu tirar proveito disso.
               Albert sai do banheiro apontando a velha Magnum para o invasor, o vendo deitado de lado, aparentemente respirando com dificuldade.
               -Irei chamar uma ambulância, não quero que morra sem antes conhecer a prisão pra onde vai, os guardas desse setor já devem estar por perto, esse meu brinquedo até que faz um barulhinho. –Diz ele balançando a arma e sorrindo em ver que havia acertado o invasor devido ao sangue no tapete da sala.
              -Não precisa! –Afirma Destino esticando o braço por baixo do corpo e pressionando o gatilho repetidas vezes acertando 5 pontos do corpo do velho que vai ao chão logo depois de dar alguns passos para trás.
              O celular estava no bolso da calça, Destino se levanta e o retira com cuidado, parecia estar quebrado devido à queda, mas havia apenas soltado a capa do fundo desencaixando a bateria.
             -Senhor Albert abra a porta! O senhor esta bem? –Pergunta um dos guardas do bairro forçando a maçaneta para adentrar já com sua arma em mãos. No exato momento em que Destino deslizava novamente para fora da casa pela mesma janela que entrou, correndo em direção a seu carro no final do quarteirão. A porta é arrombada e o guarda encontra                  Albert, o mais antigo morador do condomínio gravemente ferido e aparentemente sem vida.
            -Chamem uma ambulância, rápido! –Grita ele para os outros guardas que acabaram de adentrar na casa.

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              O carro já estava em movimento, o sangue escorria lentamente pela cintura até dar de encontro ao lado do banco, o celular estava no banco do carona com uma mensagem na tela que dizia: “Mensagem Enviada”.

Continua...

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